O que fazer quando tudo a nossa volta se reduz ao caos, da noite para o dia? O que podemos fazer se, sem aviso prévio, nosso mundo, nosso universo começam a desaparecer em meio a sangue. O que fazer quando o horror bate a nossa porta? Estas são algumas das perguntas que nos fazemos ao terminar de assistir ao filme Hotel Ruanda, uma belíssima produção que mostra os horrores do genocídio étnico ocorrido em Ruanda no ano de 1994, de proporções inimagináveis.
É comum pensarmos em guerras e conflitos quando pensamos nos países africanos. Mas nossa imaginação não dá conta de abarcar a realidade do que realmente é um conflito desta magnitude. Por isto o filme é tão chocante. Choque, esta é a palavra certa. O filme nos convida a acompanhar a história passo a passo pelos olhos de um gerente de hotel, de etnia hutu, que do dia para a noite vê sua cidade se transformar num caos horrendo, e tem que lutar para salvar sua esposa, de etnia tutsi, e sua família.
O conflito entre Tutsis e Hutus é histórico, e remonta ao período colonial, quando o governo Belga, que coloniza a Ruanda, acirra as diferenças entre os dois grupos colocando os tutsis no poder. Em 94, um grupo radical hutu, os Hutu Power, iniciam uma matança de Tutsis no país, promovendo uma verdadeira limpeza étnica no país. Em meio ao conflito, Paul Rusesabagina, interpretado magistralmente por Don Cheadley, começa a abrigar refugiados tutsis no luxuoso hotel do qual é gerente, o Milles Collines e tem que lutar para mantê-los a salvo dos grupos de extermínio hutus.
Os dilemas do país, o discurso racista de ambas as partes, a violência, o horror e a insanidade da guerra são mostradas em todo seu esplendor diante da tela, em imagens que chocam profundamente. Ao mesmo tempo, a força, coragem e inteligência de um homem que faz de tudo para salvar sua família, e principalmente, salvar pessoas que sequer conhecia, mas que não tem o direito de morrer apenas por dizerem que são diferentes, são ações que nos emocionam e enchem de esperança. No final, fica no ar a discussão, o que difere um Tutsi de um Hutu? O que nos difere um dos outros? Um carimbo na identidade é o suficiente para diferenciar as pessoas, para torná-las melhores ou piores do que as outras? É o suficiente para decidir quem deve morrer e quem deve viver?
O mais impressionante é que a história é real. Estima-se que tenham morrido quase 1 milhão de pessoas neste conflito, e que Paul tenha salvo em seu hotel cerca de 1200 pessoas, entre Tutsis e Hutus. Vale a pena conferir o Making Off do filme no DVD, especialmente a entrevista do verdadeiro Paul sobre a história. Realmente impressionante.
É comum pensarmos em guerras e conflitos quando pensamos nos países africanos. Mas nossa imaginação não dá conta de abarcar a realidade do que realmente é um conflito desta magnitude. Por isto o filme é tão chocante. Choque, esta é a palavra certa. O filme nos convida a acompanhar a história passo a passo pelos olhos de um gerente de hotel, de etnia hutu, que do dia para a noite vê sua cidade se transformar num caos horrendo, e tem que lutar para salvar sua esposa, de etnia tutsi, e sua família.
O conflito entre Tutsis e Hutus é histórico, e remonta ao período colonial, quando o governo Belga, que coloniza a Ruanda, acirra as diferenças entre os dois grupos colocando os tutsis no poder. Em 94, um grupo radical hutu, os Hutu Power, iniciam uma matança de Tutsis no país, promovendo uma verdadeira limpeza étnica no país. Em meio ao conflito, Paul Rusesabagina, interpretado magistralmente por Don Cheadley, começa a abrigar refugiados tutsis no luxuoso hotel do qual é gerente, o Milles Collines e tem que lutar para mantê-los a salvo dos grupos de extermínio hutus.
Os dilemas do país, o discurso racista de ambas as partes, a violência, o horror e a insanidade da guerra são mostradas em todo seu esplendor diante da tela, em imagens que chocam profundamente. Ao mesmo tempo, a força, coragem e inteligência de um homem que faz de tudo para salvar sua família, e principalmente, salvar pessoas que sequer conhecia, mas que não tem o direito de morrer apenas por dizerem que são diferentes, são ações que nos emocionam e enchem de esperança. No final, fica no ar a discussão, o que difere um Tutsi de um Hutu? O que nos difere um dos outros? Um carimbo na identidade é o suficiente para diferenciar as pessoas, para torná-las melhores ou piores do que as outras? É o suficiente para decidir quem deve morrer e quem deve viver?
O mais impressionante é que a história é real. Estima-se que tenham morrido quase 1 milhão de pessoas neste conflito, e que Paul tenha salvo em seu hotel cerca de 1200 pessoas, entre Tutsis e Hutus. Vale a pena conferir o Making Off do filme no DVD, especialmente a entrevista do verdadeiro Paul sobre a história. Realmente impressionante.