Um dos movimentos religiosos que mais cresceram nos último anos foi o das igrejas neopentecostais. Com um infindável número de denominações e templos grandiosos, onde acorrem cada vez mais fiéis buscando a salvação, estas igrejas gozam hoje cada vez mais de uma posição de destaque dentro do mercado religioso nacional.
Observando este crescimento fico realmente preocupado com a existência das outras religiões. Isto porque o movimento neopentecostal é marcado por uma visão profundamente negativa de outras práticas religiosas, especialmente das religiões Afro-Brasileiras. O exemplo máximo desta negatividade, transformada em discriminação aberta é o da Igreja Universal (IURD), que aposta cada vez mais na demonização e negativização, não só das religiões Afro, como também do espiritismo, seitas exotéricas e orientais.
O que permite esta negativização é a posição de superioridade em que se colocam as igrejas neopentecostais. Seus pastores idealizam que existe apenas uma verdade, absoluta e imutável. Esta verdade seria a palavra de Deus, presente na Bíblia, e interpretada pelos pastores de suas igrejas. Somente eles estão autorizados a intepretar esta palavra de Deus, e ministrá-la aos fiéis. Aqui não cabem discussões, resistências ou dúvidas. Ao fiel só cabe aceitar e se adequar ao comportamento exigido pela comunidade religiosa. Neste ponto, estas igrejas se assemelham à igreja católica medieval, onde posturas como a dúvida eram consideradas influência demoníaca.
O fato de se acharem com a verdade absoluta, o verdadeiro caminho, investe estas igrejas de uma autoridade muito grande. Ao se colocarem nesta posição, elas se acham no direito de julgarem, condenarem e executarem as outras religiões e pessoas que não estão com a verdade, estão no caminho do erro. E elas exercem este poder, demonizando e discriminando praticantes de outras religiões, especialmente Afro-Brasileiras. Voltamos ao período da Inquisição, quando a Igreja Católica perseguia e condenava aqueles que não professavam a fé católica.
Este é o grande problema que vejo na postura destas igrejas neopentecostais. Elas partem do princípio de que só existe uma verdade, um caminho, e somente elas possuem esta verdade e este caminho. Aos outros só restam duas alternativas: se converter ou ir para o inferno. Neste ponto, muitos membros destas igrejas se tornam intolerantes e profundamente preconceituosos em relação às outras denominações religiosas, coisa que pra mim é algo terrível e abominável.
Basta nos lembrarmos de casos recentes, nos quais membros da citada igreja praticaram atos de violência contra símbolos de outras religiões, como o caso do "chute na santa", transmitido em rede nacional, onde um pastor da Igreja Universal chutou uma imagem de Nossa Senhora, resultando em inúmeros protestos pelo país afora, e em Goiás podemos citar o "episódio vaca-brava", quando centenas de evangélicos protestaram num parque de Goiânia contra a exposição das estátuas de orixás que ali estavam, no ano de 2003.
Infelizmente parece que estamos longe de um recrudescimento destas violências. Pelo contrário, a cada dia que passa vemos estas religiões invadirem mais e mais o espaço público, a TV, e despejarem suas infâmias e opiniões preconceituosas contra as outras religiões. Ao invés de seguirem o exemplo de Cristo, respeitando seus semelhantes, eles agem como os fariseus, perseguindo e condenando aqueles que pensam diferentes. E pelo jeito isto está longe de ter um fim. Só nos resta rezar...
Observando este crescimento fico realmente preocupado com a existência das outras religiões. Isto porque o movimento neopentecostal é marcado por uma visão profundamente negativa de outras práticas religiosas, especialmente das religiões Afro-Brasileiras. O exemplo máximo desta negatividade, transformada em discriminação aberta é o da Igreja Universal (IURD), que aposta cada vez mais na demonização e negativização, não só das religiões Afro, como também do espiritismo, seitas exotéricas e orientais.
O que permite esta negativização é a posição de superioridade em que se colocam as igrejas neopentecostais. Seus pastores idealizam que existe apenas uma verdade, absoluta e imutável. Esta verdade seria a palavra de Deus, presente na Bíblia, e interpretada pelos pastores de suas igrejas. Somente eles estão autorizados a intepretar esta palavra de Deus, e ministrá-la aos fiéis. Aqui não cabem discussões, resistências ou dúvidas. Ao fiel só cabe aceitar e se adequar ao comportamento exigido pela comunidade religiosa. Neste ponto, estas igrejas se assemelham à igreja católica medieval, onde posturas como a dúvida eram consideradas influência demoníaca.
O fato de se acharem com a verdade absoluta, o verdadeiro caminho, investe estas igrejas de uma autoridade muito grande. Ao se colocarem nesta posição, elas se acham no direito de julgarem, condenarem e executarem as outras religiões e pessoas que não estão com a verdade, estão no caminho do erro. E elas exercem este poder, demonizando e discriminando praticantes de outras religiões, especialmente Afro-Brasileiras. Voltamos ao período da Inquisição, quando a Igreja Católica perseguia e condenava aqueles que não professavam a fé católica.
Este é o grande problema que vejo na postura destas igrejas neopentecostais. Elas partem do princípio de que só existe uma verdade, um caminho, e somente elas possuem esta verdade e este caminho. Aos outros só restam duas alternativas: se converter ou ir para o inferno. Neste ponto, muitos membros destas igrejas se tornam intolerantes e profundamente preconceituosos em relação às outras denominações religiosas, coisa que pra mim é algo terrível e abominável.
Basta nos lembrarmos de casos recentes, nos quais membros da citada igreja praticaram atos de violência contra símbolos de outras religiões, como o caso do "chute na santa", transmitido em rede nacional, onde um pastor da Igreja Universal chutou uma imagem de Nossa Senhora, resultando em inúmeros protestos pelo país afora, e em Goiás podemos citar o "episódio vaca-brava", quando centenas de evangélicos protestaram num parque de Goiânia contra a exposição das estátuas de orixás que ali estavam, no ano de 2003.
Infelizmente parece que estamos longe de um recrudescimento destas violências. Pelo contrário, a cada dia que passa vemos estas religiões invadirem mais e mais o espaço público, a TV, e despejarem suas infâmias e opiniões preconceituosas contra as outras religiões. Ao invés de seguirem o exemplo de Cristo, respeitando seus semelhantes, eles agem como os fariseus, perseguindo e condenando aqueles que pensam diferentes. E pelo jeito isto está longe de ter um fim. Só nos resta rezar...