Mais um Noise está acontecendo em Goiânia. Voltando ao bom e velho Oscar Niemeyer (melhor local pra shows em Goiânia atualmente), no mesmo formato de sempre: três dias de festival, com uma programação bastante diversificada trazendo nomes do rock alternativo de vários estados do Brasil e alguns internacionais. Pra alguém que veio do cenário heavy metal de Goiânia pouca coisa conhecida no meio de tanto nome presente no festival. Mas dois deles me chamaram a atenção e fui até lá no sábado pra conferir os shows de Karina Buhr e Autoramas.
Cheguei por lá com os gringos do Lord Bishop Rocks no palco menor, localizado ao ar livre em frente à entrada do auditório onde se localiza sempre o palco principal. Me surpreendeu a energia e disposição dos caras, mandando um rock/blues/country dos mais agitados. Muito bom show, pra quem quiser conhecer recomendo. Foi o último show neste palco, intitulado palco "Esplanada". Todos os outros seriam no palco do auditório, que recebeu a denominação de "Palácio da Música". Ou seja, teríamos que esperar as passagens de som de cada banda.
As garotas da Girlie Hell foram as próximas, e fizeram um show curto mas enérgico. Achei que o repertório não foi muito bem escolhido, já que privilegiaram as músicas mais cadenciadas (e consequentemente mais pesadas) do disco, deixando de fora as pedradas mais rápidas, como Mamas Doll, Hey Hey e Burn it All. Mesmo assim foram bem recebidas e o público presente agitou durante todo o show. Quem não deve ter ficado com uma impressão muito boa de Goiânia foi a banda Hellsakura, de São Paulo. Com uma garota pra lá de estranha nos vocais, a banda mostrou um stoner rock bem pesado e rápido, mas não conseguiu convencer muito aos presentes, que se resumiam a uma meia dúzia de aplausos desanimados a cada som.
Os Autoramas vieram a seguir como um dos shows mais esperados da noite. O visual oitentista da banda chama a atenção, especialmente da baixista Flávia Couri, com seu vestido e botas monocromáticas e óculos gatinha. Pra mim que conheço a banda a pouco tempo, ou seja, apenas os trabalhos mais recentes, o show não foi nada do que esperava. No repertório nada de músicas como Gente Boa, Rei da Implicância, A História da vida de Cada um, presentes no CD acústico deles e pra mim as melhores da banda. Mesmo assim foi um show enérgico, dançante e divertido. Entre as músicas destaco Carinha Triste (se bem que esta foi tocada apenas durante a passagem de som) e Paciência.
Pra fechar, Karina Buhr veio com seu psicodelismo e experimentalismo. Já tinha ouvido algumas músicas dela e tinha achado seu som chato, sua voz irritante e suas músicas desnecessárias. Imaginei que talvez fosse implicância minha e que ao vivo fosse melhor. Mas me decepcionei, ao vivo é a mesma coisa. Um show monótono e repetitivo, que me fez ir embora na quarta música. Entre altos e baixos, até que a noite foi divertida. Só não deu pra ver as loiraças do Crucified Barbara, que poderia ter salvo a noite. Fica pra próxima!
Veja as Fotos dos Shows
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senti muito por não estar no show. iria especialmente para assistir a Karina Buhr. como não fui... não dah p/ emitir opinião qto a ele. mas, achismo a parte, eh preciso dialogar c/ a proposta/trajetória da criação do artista (não?). acho necessário (quando o artista tem uma)
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