Vivemos tempos sombrios em que a defesa de regimes a práticas autoritárias se transformaram em senso comum pelos facebooks e grupos de whatsapp por aí. Cada vez mais temos visto a ascensão destes discursos no país, e em época de eleições isto se torna cada vez mais comum (e preocupante). Basta olharmos para as pesquisas eleitorais e percebermos que um dos principais candidatos a presidência do país defende torturador do regime militar e lança pérolas como "o erro da ditadura foi ter torturado e não matado". Na educação, a escalada das escolas militares demonstra a incapacidade de lidar com a juventude e a crença de que os problemas da escola só se resolvem com a polícia. No campo religioso, temos visto a tentativa por parte de determinados segmentos cristãos de pautar as políticas públicas em nome da fé, legislando a partir do que eles (e SÓ eles) consideram como a palavra de seu deus.
3 de ago. de 2018
23 de jul. de 2018
Não é só uma piada: o racismo nosso de cada dia
O período da Copa do Mundo trouxe muitas discussões à tona. Durante um mês inteiro pudemos debater sobre a decepção com os favoritos, sobre aulas de esquemas táticos, sobre polêmicas de arbitragem e especialmente o uso da tecnologia de vídeo para auxiliar os árbitros, entre outros. Mas não foi só o futebol que esteve na vitrine neste período. Outros assuntos sociais acabaram vindo à tona também durante este período, como por exemplo a questão dos filhos de imigrantes jogando nas seleções, especialmente na campeã seleção francesa, sobre as manifestações nacionalistas croatas, interpretadas por muitos como apoio ao regime nazista e sobre machismo e assédio às mulheres realizados na Rússia, especialmente com jornalistas que faziam seu trabalho.
5 de jul. de 2018
O Círculo do Espetáculo: os limites da exposição nas redes sociais
O uso das redes sociais é uma constante em nossa vida, e tem influências diversas na sociedade atual. Refletir sobre o uso das redes se torna essencial para compreendermos não só como utilizá-las melhor e quais seus limites, mas até que ponto podemos ter nossos dados comprometidos ao nos expormos em demasia. Este é justamente o tema do filme O Círculo, lançado em 2017, e que procura abordar até que ponto nossa exposição nas redes sociais é positiva e que tipo de novas relações interpessoais estão nascendo de seu uso, tal qual preconizara o teórico francês Guy Debord na obra A Sociedade do Espetáculo, lançada em 1967, a respeito dos meios de comunicação em massa e sua relação com o capitalismo.
30 de jun. de 2018
Intervenção militar e a importância da consciência histórica
Nos últimos anos temos acompanhado cada vez mais campanhas a favor de uma intervenção militar em nosso país. Desde os protestos de junho de 2013, a cada manifestação popular víamos faixas e camisetas pedindo intervenção, o que acabava sempre dividindo opiniões e gerando críticas de todos os lados. O mais recente episódio foi na greve dos caminhoneiros de junho de 2018, em que pôde-se ver um aumento considerável no número destas faixas e cartazes pedindo intervenção em meio aos grevistas. A complexidade que envolve estes discursos torna bastante difícil fazer qualquer análise dos mesmos, mas temos visto algumas tentativas de interpretar e dar sentido a estas solicitações.
26 de jun. de 2018
Copa, Neymar e Memes: o papel das redes sociais na construção das narrativas
A Copa do mundo é com certeza um dos eventos esportivos mais visados do mundo. A competição atrai os olhares do mundo todo, até de países que normalmente não tem tanta tradição assim no esporte. É a época em que a imprensa de todo o mundo atrai seus olhares para este esporte na busca pela melhor informação. Até alguns anos atrás, estávamos acostumados a ver a TV e as grandes corporações de mídias pautarem os debates em um evento como este e serem responsáveis por dar a palavra final na construção das principais narrativas e discursos que seriam lembrados pela história. Mas, desde a Copa de 2014, um novo personagem entrou em cena: as redes sociais. Estas foram responsáveis pela irrupção de novas narrativas e pela quebra da hegemonia da grande imprensa. E isto afetou o modo como nos relacionamos com os grande eventos e, principalmente, afetou a forma como os próprios jogadores são afetados pelas notícias.
2 de jun. de 2018
Heavens Guardian e a festa do Metal Goiano
Foi em meados de 1998 que tive a oportunidade de assistir meu primeiro show de Metal em Goiânia. Lembro que há pouco tempo havia conhecido o estilo, através de fitas cassetes piratas do Metallica e Iron Maiden, ouvidas à exaustão naqueles walkmans coloridos vendidos pelos camelódromos da vida. Naquela época eu e alguns amigos havíamos ouvido falar de shows do estilo que aconteciam na sede estudantil do Diretório Central dos Estudantes (D.C.E.) da UFG, localizado na Praça Universitária, com bandas locais de heavy metal e resolvemos conferir um destes shows. Entre as bandas havia uma que se destacava e da qual já ouvíamos falar há algum tempo: uma tal de Heavens Guardian. No primeiro show a impressão não foi das melhores: local tosco e som ruim. Com o tempo nos acostumamaríamos, e até veríamos shows melhores. Mas de fato a banda que fechava o evento merecia a fama até ali adquirida: a Heavens Guardian realmente tinha algo de diferente. Seria o início de uma longa carreira (pra eles e pra nós, como headbangers).
1 de jun. de 2018
A Greve dos Caminhoneiros e a implosão das ideologias políticas
A recente Greve dos Caminhoneiros iniciada no dia 21 de Maio levantou diversos debates na sociedade brasileira, e serviu para colocar em cheque grande parte das ideologias políticas, tanto da esquerda quanto da direita brasileira. Os inúmeros elementos sociais e políticos presentes neste movimento foram capazes de colocar em choque vários personagens políticos, e expôs a fragilidade das análises polarizadas que vinham predominando no país desde as manifestações de junho de 2013. A seguir fazemos um levantamento das principais divergências e mostramos porque esta Greve teve a capacidade de demonstrar como a realidade vai além de toda e qualquer tentativa de dicotomização.
30 de mai. de 2018
A nova face do Anticomunismo
Desde 2013 temos acompanhado no Brasil a escalada de um forte sentimento contra as esquerdas, que se iniciou com as manifestações de junho de 2013, organizadas a partir da pauta do aumento do valor do transporte urbano em São Paulo, mas que logo resultaram num conjunto de manifestações difusas, sem lideranças e com pautas as mais diversas, inclusive pautas de direita como a queda do governo e a famigerada "intervenção militar". As lideranças políticas tentaram logo encabeçar as manifestações a seu favor, especialmente partidos de esquerda, como o PSOL e o PSTU, e movimentos de direita, como o MBL e o Vem pra Rua. Com o rechaço aos primeiros, foram estes últimos quem acabaram conseguindo agregar os movimentos que então surgiam, e passaram a pautar suas principais reivindicações através das redes sociais, principalmente através da canalização de um sentimento generalizado contra a corrupção e os políticos.
14 de mai. de 2018
Salah, o Africano
Neste ano, entre os destaques futebolísticos, tivemos pela primeira vez a ascensão de um jogador egípcio. Mohamed Salah, jogador egípcio de 25 anos do Liverpool marcou 45 gols na temporada, sendo 32 deles só na Premier League (Campeonato Inglês), o que o levou a bater o recorde de gols em uma única temporada do campeonato, anteriormente pertencente a Luis Suárez, Alan Shearer e Cristiano Ronaldo. Por conta disto, Salah foi eleito o melhor jogador africano desta temporada pela Confederação da África (CAF). No entanto, ao divulgar a notícia, alguns sites de notícia se depararam com um estranho fenômeno: muitos comentavam dizendo que se tratava de um erro, que Salah não era africano, mas sim Egípcio.
Assinar:
Postagens (Atom)