7 de mai. de 2013

Ô Trem Bão, Paul!


Com certeza esta expressão, popular no linguajar goiano, ontem foi eternizada na boca de um dos maiores personagens vivos do século XX. Você pode até não gostar de Paul McCartney. Você pode até não gostar dos Beatles. Mas ninguém pode deixar de reconhecer a importância cultural da banda, e do fenômeno mundial que eles se transformaram. Particularmente eu nunca fui fanático por Beatles. Como todo bom adolescente que cresceu ouvindo rock nos anos 90 (aquela década que muitos consideram perdida!), via os velhinhos como um garoto que ouve histórias de seus antepassados, daquele seu bisavô que veio para o Brasil ou daquele tataravô que lutou contra a escravidão. Seus feitos, músicas e posturas me pareciam assim: como as lendas e mitos de heróis que viveram num passado distante de nós, mas que mesmo assim mudaram o mundo. 




E ontem elas se materializaram, ao vivo e a cores, pra mim e para os mais de 40 mil goianos que compareceram ao Serra Dourada para vê-lo. Pessoas de todas as idades, famílias, pais com seus filhos e netos, gerações inteiras unidas por um único artista. Que outro artista no mundo é capaz disto? O espetáculo é grandioso: dois telões gigantescos proporcionam uma visão do show de qualquer lugar que se esteja; fogos de artifícios atrás do palco e chamas em cima dele pegam todos de surpresa durante a música "Live and Let Die". E o restante fica a cargo do público, como a iluminação de celulares e câmeras durante "Let it Be", ou o coro de na-na-na-na durante "Hey Jude". Com 2 bis, parecia que Paul não queria ir embora (e nem nós queríamos que fosse). São quase três horas de show, mas sinceramente, acho que, como eu, ninguém ali viu o tempo passar. 




Por tudo isso não dá pra deixar de reverenciar a história do único que mantém viva hoje a memória e, por que não dizer, o sonho que John Lennon decretara fim na década de 70, após o fim dos Beatles: Sir Paul McCartney. Ou seu sósia, vai saber. De todo modo, a cidade de Goiânia, quem diria, pôde assistir ontem a um dos maiores frontmans da história do rock. E não é só pela postura no palco, pelas músicas, pelo show enfim. Paul McCartney é especial pelo respeito que tem com o público e com os fãs. Afinal, que outro artista você conhece que se preocupa em aprender, nem que seja um pouco, do idioma de onde irá tocar, e mais ainda, procura expressões e gírias típicas do lugar para falar durante o show? Uma coisa tão simples, mas que na hora faz uma puta diferença. Quem não foi, perdeu!

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