3 de jul. de 2011

Hangar + Mombojó no Tattoo Rock Fest

Lembro-me quando o Tattoo Rock Fest começou, no clube da Aseg em Goiânia, ainda com uma estrutura simples, mas já com cara de festival grande. Isto foi lá pelos idos dos anos 2000, se não me falha a memória. De lá pra cá o festival só se fortaleceu, e hoje se firma como um dos maiores festivais de tatuagem do Brasil, atraindo tatuadores e fãs de tatuagens de todo o Brasil. E claro, desde o início uma das grandes atrações do festival sempre foi a música. Tattoo Rock Fest é sinônimo de boas atrações musicais, sempre!

E este ano não está sendo diferente. Dividido em 3 dias, os shows acontecem no teatro do Centro Cultural Oscar Niemeyer, local onde se realiza o festival. Aliás, devo dizer que eu já estava com saudades do CCON, pra mim o melhor lugar pra shows e eventos deste tipo de Goiás, com uma ótima estrutura que inclui estacionamento a preços acessíveis (5 pila) e segurança, ótimo espaço interno que acomoda tranquilamente o público tanto em quantidade quanto em conforto, banheiros limpos, enfim, tudo o que se espera de um local de eventos que se preze. 


Entre as atrações musicais deste ano temos  as presenças ilustres de Ratos de Porão, Dead Fish, Crazy Legs, entre outros. E ontem pude conferir o show de dois destes grandes nomes, de estilos completamente diferentes diga-se de passagem. Falo dos nomes de Hangar, um dos grandes nomes do metal melódico brasileiro, banda que ganhou fama após seu baterista Aquiles Priester ter ido tocar no Angra, e após ter lançado um dos melhores trabalhos do gênero nos últimos anos, o álbum Reason of Your Conviction, em 2007. Voltar aos tempos de metaleiro foi bom e saudosista pra mim, e o show dos caras foi excelente, interpretando músicas de seu mais recente trabalho, Infalible, mas concentrando mais a atenção no seu segundo trabalho já citado. Do primeiro disco tocaram sua melhor música, To Tame a Land, e ainda presentearam os fãs com covers de Painkiller (Judas Priest) e Master of Puppets (Metallica), num encerramento apoteótico.





O outro nome a que me refiro é o do Mombojó, banda pernambucana que faz um som, digamos, bastante incomum, misturando gêneros que vão da MPB, Bossa Nova, música industrial, eletrônica, samba, resultando numa mistura única e de difícil definição (pelo menos pra mim). A banda é muito simpática e atenciosa com o público, inclusive saindo do repertório para atender o pedido de um dos presentes. Ao vivo o som dos caras ganha mais peso, tudo fica mais encorpado, e a sonoridade mais intensa, tornando o espetáculo algo bonito de se ver. Fiquei com pena de não ter escutado mais os CDs dos caras antes e conhecer as músicas, mas mesmo assim posso dizer que o show valeu a pena cada segundo. 





Um outro destaque da noite de ontem foi o show do Coró de Pau, grupo goiano de percussão que voltou em grande estilo e novo formato. Percussão, bateria, baixo, guitarra e vocal, a banda se reformulou, compôs novas músicas e agora segue os passos de outros grandes nomes do gênero, tanto em Goiás, como Triêro e Umbando, quanto nacionais, como Cabruêra, Cordel, entre outros. O resultado que pude conferir no palco do Oscar Niemeyer ontem foi surpreendente. Os caras tem potencial e muito para crescer e se tornarem referência no Brasil neste estilo. Ficamos aguardando a gravação de material próprio, o que ajudaria muito. 

Este foi apenas o segundo dia de festival, já que infelizmente não pude conferir os outros, mas a julgar pela qualidade que vimos ontem, o Tattoo Rock Fest já tem tudo para ser considerado um dos melhores festivais do ano, e espero conferir tudo isto novamente no ano que vem.

Confira as fotos destes shows

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